
Bem, como isto aqui é um blog de consumo, e como sou um consumidor de certa idade, digo que sinto saudades de virar o disco. Não me entendam mal, adoro meus mp3, acho que o futuro é digital, mas se a analogia de "virar o disco" foi morta pelo cd, o mp3 jogou a ideia de "obra" com começo, meio e fim de uma "coleção" de músicas e fragmentou. E eu gostava muito de curtir um álbum inteiro, ou suas metades. Por exemplo, The Wall, do Pink Floyd. Amo a obra, tanto sonora quanto o filme, quanto o encarte, quanto as letras desesperadamente escritas e os desenhos lisérgicos. Mas, o que me toca no álbum, originalmente duplo, é o Lado A do Disco 2... Iphones e mp3 players podem ter tornado todas as obras musicais da humanidade abertas a qualquer um que queira criar sua própria sequência. Mas poderiam vir com um botão "author´s preferred sequence" ou coisa que o valesse...
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